quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ex-aluna que revelou aborto de Monica Serra escreve um livro sobre a polêmica




Jornal do Brasil, Paulo Marcio Vaz

“A dançarina Sheila Canevacci Ribeiro, que ficou nacionalmente famosa durante a última campanha eleitoral por denunciar um suposto aborto cometido por Monica Serra, esposa do então candidato tucano à Presidência, José Serra, está escrevendo um livro sobre o caso. A notícia foi dada pela própria Sheila em sua página no Facebook, na qual ela pede ajuda aos internautas de sua lista de amigos para que sugiram um título para a obra. Segundo Sheila, o livro terá que ser “barato e acessível”.

“Estou escrevendo um livro sobre o duplo discurso e o oportunismo do aborto nas eleiçoes. Quero que ele seja barato e acessível. Alguém tem sugestão de TÍTULO? Que tal A DANÇA DO DUPLO DISCURSO", sugere a própria dançarina.

Até o início da tarde desta terça-feira, 56 internautas já haviam postado comentários sugerindo títulos como “A dança da mentira”, “Aborto e eleições – Locais deslocados”, “Aborto nas eleições – A face oculta” e “Dança dupla”.

Em algumas das respostas a seus amigos do Facebook, Sheila dá dicas a respeito do conteúdo de seu futuro livro:

“(...) é um documento de um marco histórico. fiquei impressionada como td mundo falou em coragem e medo e acho q aqui precisa de muito trabalho de valorizaçao de açoes comuns, civis... é um livro q quer ser positivo e não resmungão”, antecipa.

http://nogueirajr.blogspot.com/
Em outra resposta, Sheila acrescenta:

“(...) eu quero apenas documentar o evento e tem artigo de outras pessoas e o que mais valeu: OS COMENTARIOS DOS BRASILEIROS”.
Leia mais no Blog da Jussara

,,.

VEJAM DO QUE A GENTE SE LIVROU!!!





segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

SERRÓQUIO DEIXA HERANÇA MALDITA PARA ALCKMIN


Fabio Leite

O Estado de S. Paulo - 24/01/2011


Governador de São Paulo extinguiu a Secretaria de Comunicação, mas tem 22 acordos assumidos pelo antecessor na área

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) herdou da gestão dos também tucanos José Serra e Alberto Goldman 22 contas de publicidade que somam R$ 307,6 milhões, valor equivalente a seis vezes o orçamento da Secretaria da Pessoa com Deficiência.

São contratos assinados pela extinta Secretaria de Comunicação (Secom) - hoje subsecretaria -, por oito empresas, duas fundações e uma autarquia e prorrogados no fim do ano passado. A maior parte dos acordo vigora ao menos até maio.

Na primeira semana de governo, Alckmin anunciou o remanejamento de R$ 24 milhões do orçamento de comunicação para o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), que a usará para desassorear a calha do Rio Tietê, e a revisão de todos contratos do governo Serra/Goldman. Na sexta-feira, contudo, o governo informou que ainda não há nenhuma decisão sobre redução dos negócios ou cancelamento de campanhas publicitárias.

Durante a transição, reservadamente, o atual governador reclamou com interlocutores que, do seu ponto de vista, Serra havia exagerado no gasto com publicidade. Só a Lua Branca Propaganda, agência de Luiz Gonzalez, marqueteiro das campanhas de Alckmin ao governo e de Serra à Presidência em 2010, mantém três contas semestrais no valor total de R$ 87,6 milhões. Duas delas (de R$ 34,6 milhões e R$ 17 milhões) são com a Secom para as campanhas da Nota Fiscal Paulista, Lei Antifumo e do mínimo paulista, entre outras, e uma com a Dersa (R$ 36 milhões), estatal responsável pelo trecho sul do Rodoanel e pela ampliação da Marginal do Tietê.

Com exceção da Secom, que concentra R$ 105 milhões em quatro contratos direcionados para as pastas da Saúde, Educação e Fazenda, a Dersa é o órgão do governo que mais investe em ações de marketing. Além da conta da Lua Branca, a empresa também prorrogou até maio a contratação da DPZ Propaganda no valor de R$ 17,5 milhões, totalizando R$ 53,5 milhões. Ambos têm duração de seis meses.

Em seguida vem a Sabesp. A estatal do saneamento tem duas contas de publicidade semestrais que somam R$ 43,7 milhões e que foram estendidas até junho. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), terceira na lista, também prorrogou suas três contas, que somam R$ 30 milhões.

A CPTM divide com o Metrô as campanhas do programa Expansão São Paulo e estendeu três contratos, no total de R$ 28,1 milhões. O maior deles (R$ 12,8 milhões) é com a Duda Propaganda, agência do marqueteiro Duda Mendonça, réu no processo do mensalão, no Supremo.

Não são apenas as grandes estatais que investem em propaganda. A Fundação Florestal, por exemplo, órgão ligado à Secretaria do Meio Ambiente, tem uma conta semestral de R$ 5 milhões que vigora até fevereiro e pode renovada por mais seis meses. Já a Artesp, agência reguladora do transporte rodoviário, tem contrato até 17 de março com agência White Propaganda. A conta de seis meses é de R$ 10 milhões e também pode ser prorrogada novamente.

Alckmin informou em nota que os valores previstos nos contratos com as agências podem não ser integralmente pagos. "O desembolso dos recursos previstos no Orçamento dependem da autorização dos órgãos contratantes, que podem ou não executar serviços de publicidade durante o período de vigência dos contratos", diz a nota. Segundo a assessoria, "os contratos não geram direitos para as agências" e "a execução se dá conforme a necessidade" de cada órgão.

sábado, 22 de janeiro de 2011

OS MALES DO SERRISMO

 

 

Por Marcos Coimbra: (sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. Também é colunista do Correio Braziliense)



Não há partidos ou movimentos políticos exclusivamente bons ou unicamente ruins, se os considerarmos em seu tempo e lugar. Na vida real das sociedades, eles são uma mistura de coisas boas e más, de acertos e erros (salvo, é claro, exceções como o nazismo).

Tudo é uma questão de proporção, do peso que o lado ruim tem em relação ao bom. São bons os movimentos políticos e os partidos (bem como as tendências que existem no interior de alguns), cuja atuação tende a ser mais positiva para o País, seus cidadãos e instituições. São os opostos aqueles que fazem o inverso, que agem, na maior parte das vezes, de maneira negativa.

Tome-se o serrismo, um fenômeno pequeno, do ponto de vista de sua inserção popular, mas relevante no plano político. Afinal, não se pode subestimar uma tendência tucana que conseguiu aprisionar o conjunto de seus correligionários, mesmo aqueles que não concordavam com ela (e que eram maioria), e os levou a uma aventura tão fadada ao insucesso quanto a recente candidatura presidencial do ex-governador José Serra. E que tem, além disso, tamanha super-representação na mídia, com simpatizantes espalhados nas redações de nossos maiores veículos.
Por menor que seja sua base social e inexpressiva sua bancada parlamentar, o serrismo existe. E atrapalha. Muito mais atrapalha que ajuda.

Neste começo de governo Dilma, recém-completada sua primeira quinzena, o serrismo já mostra o que é e como se comportará nos próximos anos. Os sinais são de que será um problema para todos, seja no governo, seja na própria oposição.

Vem da grande imprensa paulista (uma insuspeita fonte na matéria), a informação de que seus integrantes estão revoltados com a trégua que outras correntes do PSDB estariam dispostas a oferecer à presidenta. Em vez da “colaboração federativa” buscada pelos governadores tucanos e as bancadas afinadas com eles, os serristas querem “partir para o pau”.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), expoente máximo da tropa de elite serrista, dá o mote, ao afirmar que o PSDB deveria ser duro contra Dilma desde já, de forma a ser uma referência oposicionista no futuro. O pano de fundo do que propõe, percebe-se com facilidade, é posicionar o serrismo (de novo!) para a sucessão de Dilma.
Segundo as informações disponíveis, a primeira meta do grupo de José Serra (cujo tamanho, diga-se de passagem, é ignorado) é aproveitar-se da tragédia das chuvas na região serrana do Rio para golpear a presidenta, responsabilizando-a pela ocupação caótica de encostas e outras áreas de risco nas cidades atingidas. Para esses personagens, seria a incompetência de Dilma, à frente do PAC, a causa de tantas mortes e sofrimento. Ou seja, vão tentar vender a versão de que, se ela fosse melhor gerente, nada teria acontecido.

Em nossa permissiva cultura política, não há surpresa no oportunismo da proposta. Ninguém se espanta que alguém faça um jogo como esse, que queira tirar dividendos de uma catástrofe e que, para isso, torça fatos e procure­ enganar os incautos. Todos nos acostumamos com essa falta de seriedade.

Mas até os mais céticos ficam perplexos com o contraste entre o que dizem agora os serristas e o que foi a campanha que fizeram na eleição de 2010.
Ou será que ninguém ouviu José Serra se apresentar como “verdadeiro continuador” de Lula? Que não viu Serra evitar qualquer crítica ao ex-presidente, dizendo que concordava com ele e que nada mudaria em seu governo (a não ser aumentar o salário mínimo para 600 reais e conceder uma 13ª parcela do Bolsa Família aos beneficiários)?
Derrotado, o serrismo virou oposição intransigente, e quer levar os grupos vitoriosos de seu partido com ele. Enquanto esteve à frente do governo de São Paulo, buscou a boa convivência e a colaboração com o Planalto, avaliando que, ao agir dessa maneira, aumentava suas­ chances na sucessão de Lula. Agora que não tem escolha, se exime de qualquer compromisso e parte para o pau.

É pouco provável, no entanto, que consiga arrastar o restante do PSDB e os demais partidos de oposição para a radicalização anti-Dilma. No fundo, o serrismo apenas tenta preservar algum espaço em um cenário cada vez mais desfavorável para seus propósitos.

É só se tudo der errado, seja para a presidenta, seja para as novas forças oposicionistas, que o serrismo tem sobrevida. Sua aposta é o fracasso de todos.



FONTE
http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/os-males-do-serrismo

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

SERRA PROMETEU ALTERAR REGRAS CASO VENCESSE

Segundo telegrama do WikiLeaks, SERRA PROMETEU ALTERAR REGRAS CASO VENCESSE

Assessor do tucano na campanha confirma que candidato era contrário à mudança do marco regulatório do petróleo


As petroleiras americanas não queriam a mudança no marco de exploração de petróleo no pré-sal que o governo aprovou no Congresso, e uma delas ouviu do então pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB), a promessa de que a regra seria alterada caso ele vencesse.

É isso que mostra telegrama diplomático dos EUA, de dezembro de 2009, obtido pelo site WikiLeaks (www.wikileaks.ch). A organização teve acesso a milhares de despachos. A Folha e outras seis publicações têm acesso antecipado à divulgação no site do WikiLeaks.

"Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta", disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama.

Um dos responsáveis pelo programa de governo de Serra, o economista Geraldo Biasoto confirmou que a proposta do PSDB previa a reedição do modelo passado.

"O modelo atual impõe muita responsabilidade e risco à Petrobras", disse Biasoto, responsável pela área de energia do programa. "Havia muito ceticismo quanto à possibilidade de o pré-sal ter exploração razoável com a mudança de marcos regulatórios que foi realizada."

Segundo Biasoto, essa era a opinião de Serra e foi exposta a empresas do setor em diferentes reuniões, sendo uma delas apenas com representantes de petroleiras estrangeiras. Ele diz que Serra não participou dessa reunião, ocorrida em julho deste ano. "Mas é possível que ele tenha participado de outras reuniões com o setor", disse.

SENSO DE URGÊNCIA

O despacho relata a frustração das petrolíferas com a falta de empenho da oposição em tentar derrubar a proposta do governo brasileiro.

O texto diz que Serra se opõe ao projeto, mas não tem "senso de urgência". Questionado sobre o que as petroleiras fariam nesse meio tempo, Serra respondeu, sempre segundo o relato: "Vocês vão e voltam".

A executiva da Chevron relatou a conversa ao representante de economia do consulado dos EUA no Rio.

A mudança que desagradou às petroleiras foi aprovada pelo governo na Câmara no começo deste mês.

Desde 1997, quando acabou o monopólio da Petrobras, a exploração de campos petrolíferos obedeceu a um modelo de concessão.

Nesse caso, a empresa vencedora da licitação ficava dona do petróleo a ser explorado -pagando royalties ao governo por isso.

Com a descoberta dos campos gigantes na camada do pré-sal, o governo mudou a proposta. Eles serão licitados por meio de partilha.

Assim, o vencedor terá de obrigatoriamente partilhar o petróleo encontrado com a União, e a Petrobras ganhou duas vantagens: será a operadora exclusiva dos campos e terá, no mínimo, 30% de participação nos consórcios com as outras empresas.

A Folha teve acesso a seis telegramas do consulado dos EUA no Rio sobre a descoberta da reserva de petróleo, obtidos pelo WikiLeaks.

Datados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, mostram a preocupação da diplomacia dos EUA com as novas regras. O crescente papel da Petrobras como "operadora-chefe" também é relatado com preocupação.

O consulado também avaliava, em 15 de abril de 2008, que as descobertas de petróleo e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) poderiam "turbinar" a candidatura de Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil.

O consulado cita que o Brasil se tornará um "player" importante no mercado de energia internacional.

Em outro telegrama, de 27 de agosto de 2009, a executiva da Chevron comenta que uma nova estatal deve ser criada para gerir a nova reserva porque "o PMDB precisa de uma companhia".

Texto de 30 de junho de 2008 diz que a reativação da Quarta Frota da Marinha dos EUA causou reação nacionalista. A frota é destinada a agir no Atlântico Sul, área de influência brasileira.